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‘The Last of Us’: final da 2ª temporada entrega mortes, reviravoltas e caminho para a 3ª (Crítica)

O que você verá aqui:

A 2ª temporada de The Last of Us chegou ao fim no último domingo, 25 de maio. Sem Joel (Pedro Pascal) e com as participações de Abby (Kaitlyn Dever) e Isaac (Jeffrey Wright), o final da temporada encerrou com gosto amargo — e um cliffhanger que nos fará esperar pelo 3º ano da série, já confirmado. Leia abaixo a crítica do Filmelier do episódio 7 da 2ª temporada.

Atenção: o texto a seguir contém spoilers do episódio 7 da 2ª temporada de The Last of Us.

Resumo e crítica do último episódio da 2ª temporada de The Last of Us

O episódio final da 2ª temporada de The Last of Us, intitulado Convergência, entrega exatamente o que o título sugere: um encontro inevitável entre todos os conflitos que vinham sendo construídos. Abby e Ellie (Bella Ramsey) finalmente se enfrentam no teatro de Seattle, após uma espiral de violência que cobra o preço máximo — a vida de Jesse (Young Mazino) e, possivelmente, a da própria Ellie. A cena termina com um disparo e a tela preta, deixando em aberto o destino da protagonista e confirmando que a 3ª temporada será focada na perspectiva de Abby — tal como ocorre no jogo criado por Neil Druckmann.

Série de jogo, mas nem sempre para jogadores: o desafio das adaptações

É tão inútil quanto improdutivo comparar mídias distintas. Assim como dizer que “o livro é melhor que o filme”, afirmar que o jogo é mais emocionante que a série ignora as especificidades de cada linguagem. No entanto, The Last of Us conquistou sua reputação por conseguir se sustentar como narrativa televisiva — mérito especialmente da 1ª temporada. Nesta segunda etapa, porém, o excesso de explicações e a ansiedade em cumprir arcos narrativos do game prejudicam o que deveria ser uma experiência dramática independente. Os fãs do jogo merecem reconhecimento, mas o público da série também merece uma história coesa por si só.

Último episódio da 2ª temporada de The Last of Us acelera demais

Ritmo acelerado e narrativa atropelada

Se no episódio anterior a série ganhou fôlego ao desacelerar e mergulhar no passado, aqui ela pisa fundo no acelerador. A pressa em concluir arcos narrativos prejudica a construção emocional de eventos centrais: a invasão do aquário, o confronto com Owen (Spencer Lord) e Mel (Ariela Barer), a revelação da gravidez de Dina (Isabela Merced) a Jesse, o retorno de Tommy (Gabriel Luna), a morte de Jesse, o reencontro com Abby. Tudo acontece em ritmo vertiginoso, e mal há tempo para o espectador sentir o peso de cada decisão.

Direção segura de Nina Lopez-Corrado

A direção é de Nina Lopez-Corrado, conhecida por seu trabalho em séries como The Walking Dead, Supernatural e Agents of S.H.I.E.L.D.S. Aqui, ela conduz bem as cenas de tensão e ação, com cortes precisos e uma câmera que não teme a brutalidade do mundo pós-apocalíptico. Ainda assim, o ritmo intenso imposto pelo roteiro limita o tempo de respiro necessário para que o drama humano ganhe mais força.

As mudanças em relação ao jogo da Naughty Dog são compreensíveis — afinal, trata-se de uma adaptação. No entanto, algumas escolhas de roteiro soam precipitadas. A captura de Ellie pelos Serafitas, por exemplo, poderia ter rendido um episódio inteiro, à la o capítulo dos canibais (Quando Mais Precisamos) na 1ª temporada. Em vez disso, é resolvida em minutos, num recurso que enfraquece o impacto.

Ellie morre em The Last of Us? O destino da protagonista no final da 2ª temporada

Bella Ramsey entrega vulnerabilidade, mas é prejudicada pelo roteiro

A atuação de Bella Ramsey melhora nos momentos de silêncio e vulnerabilidade, e a atriz continua entregando dedicação total à personagem. Porém, é sabotada por um roteiro que parece não confiar em sua capacidade de transmitir dor e obsessão.

Ellie (Bella Ramsey) encara o vazio enquanto Dina (Isabela Merced) observa em cena emocional da 2ª temporada de The Last of Us
Dina (Isabela Merced) e Ellie (Bella Ramsey) enfrentam as consequências de suas escolhas no episódio 7 de The Last of Us (Créditos: HBO)

Falta consistência emocional na trajetória de Ellie

O argumento escrito por Neil Druckmann, Craig Mazin e Halley Wegryn Gross nem sempre entrega a consistência emocional necessária para sustentar a jornada da personagem. A Ellie desta temporada alterna entre o humor desajustado e a raiva impulsiva, mas raramente convence como a anti-heroína que está afundando na mesma lógica de vingança que consumiu Joel em sua culpa.

Ellie não é mais a garota idealista da primeira temporada. Mas também não se tornou a “máquina de vingança” que o jogo constrói com tanta precisão. Na série, a protagonista parece perdida, oscilando entre culpa, raiva e impulsividade. Por vezes, Ellie soa como uma mocinha indefesa; por outras, falta à personagem a força de vontade para assumir a sede de vingança, o “sangue nos olhos” que a define no videogame.

O episódio tenta resgatar o conflito interno de Ellie ao mostrar seu arrependimento pela tortura de Nora (Tati Gabrielle) e pelo assassinato acidental de Mel, que estava grávida (em um claro paralelo com Dina). Mas essas reflexões vêm diluídas entre cenas de ação e diálogos apressados. A revelação sobre Salt Lake City e a culpa de Joel são interessantes, mas perdem força por falta de pausa dramática.

Abby em The Last of Us: o protagonismo no final da 2ª temporada e o que esperar da 3ª

Kaitlyn Dever, indicada ao Emmy e ao Globo de Ouro por sua performance em Dopesick, aparece pouco no episódio, mas seu impacto é imenso. A última cena no teatro — em que ela grita “Eu deixei você viver!” antes de atirar — ecoa como um grito de frustração, de dor e de inevitabilidade. A temporada termina com uma virada de perspectiva: a partir de agora, veremos o outro lado da história.

Diferença entre o jogo e a série na introdução de Abby

A breve introdução ao “Dia 1” de Abby prepara o terreno para a 3ª temporada, que seguirá os eventos do jogo The Last of Us Part II sob o ponto de vista da nova protagonista. No jogo, essa virada já havia sido antecipada por capítulos intercalados. Aqui, a opção por esconder Abby durante boa parte da temporada enfraquece sua construção. Faltou equilíbrio: teríamos nos envolvido mais com a personagem se sua jornada fosse mostrada em paralelo à de Ellie, como no game. E, claro, a temporada teria se beneficiado de mais episódios — afinal, vamos concordar que 7 são muito poucos para uma história tão extensa e rica.

Abby armada e encharcada encara Ellie no teatro em cena final da 2ª temporada de The Last of Us, interpretada por Kaitlyn Dever
Abby (Kaitlyn Dever) confronta Ellie no tenso desfecho do episódio final da 2ª temporada de The Last of Us (Créditos: HBO)

Young Mazino emociona em despedida como Jesse

Mesmo com pouco tempo em tela, Young Mazino oferece uma performance sólida e natural como Jesse. O ator, nomeado ao Emmy por seu papel em Treta da Netflix, prova seu valor. Ele transmite leveza sem perder a gravidade das situações, funcionando como o elo racional e sensível do trio formado com Ellie e Dina. Mazino aproveita cada cena para dar profundidade a um personagem que poderia ser secundário. Seu carisma silencioso e sua postura sempre atenta dão densidade ao personagem — que, mesmo com aparições limitadas, se destaca como figura emocionalmente estável em meio ao caos.

Sua morte repentina — um dos momentos mais chocantes do episódio — ainda não foi plenamente sentida. O roteiro não dá espaço para o luto, e o impacto emocional fica em suspensão. É provável que o peso dessa perda só se revele por completo na 3ª temporada, quando Ellie e Dina forem confrontadas com o vazio deixado por Jesse. E nós, espectadores, também.

Jesse (Young Mazino) encara Ellie e Dina no teatro pouco antes de sua morte em The Last of Us, temporada 2
Jesse (Young Mazino) se despede com dignidade no último episódio da 2ª temporada de The Last of Us (Créditos: HBO)

Segunda temporada de The Last of Us tem força visual, mas ritmo irregular

Em termos técnicos, a série continua impecável. A direção de fotografia, o design de produção e a trilha sonora seguem como pontos altos. A ambientação do aquário e a violência das execuções mostram que The Last of Us não tem medo de chocar. No entanto, a temporada como um todo sofre com problemas de ritmo e com um roteiro que ora se explica demais, ora se omite.

Falta à temporada a coragem de sustentar silêncios, como fez na primeira. A série parece querer compensar a ausência de Joel com exposição e reviravoltas, quando, na verdade, bastaria confiar mais nos personagens e nas atuações.

2ª temporada de The Last of Us: saldo final

Mesmo com tropeços de ritmo e escolhas de roteiro discutíveis, a 2ª temporada de The Last of Us entrega momentos de força dramática e impacto visual. A ausência de Joel é sentida, e Bella Ramsey ainda enfrenta desafios para sustentar o protagonismo sozinha, mas a série continua relevante por sua ambição narrativa. Com a entrada definitiva de Abby e a promessa de novos pontos de vista, a temporada deixa mais perguntas do que respostas — e um caminho aberto para uma conclusão emocionalmente intensa.

Quando estreia a 3ª temporada de The Last of Us?

Sim! A HBO já confirmou a 3ª temporada de The Last of Us, que deve estrear entre 2026 e 2027. Ainda não há data oficial de estreia, mas a trama deve retomar a narrativa a partir da perspectiva de Abby, com novos personagens e locações.

The Last of Us 2ª temporada: quantos episódios e onde assistir

A segunda temporada de The Last of Us tem 7 episódios. O último foi exibido em 25 de maio, às 22h, na HBO e no streaming HBO Max.

Onde assistir à série online?

Você pode assistir The Last of Us com exclusividade na HBO Max (antiga Max), com versões dubladas e legendadas em português. Confira como assistir ao streaming online e de graça.

📌 Quer saber tudo sobre a 3ª temporada de The Last of Us? Continue acompanhando nossa cobertura completa da série — com atualizações sobre elenco, bastidores, data de estreia e muito mais.

Leia também: críticas anteriores de The Last of Us

1ª temporada

2ª temporada

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