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‘The Last of Us’ retorna mais sombrio e introspectivo na estreia da 2ª temporada na HBO

O que você verá aqui:

 

A espera finalmente acabou: The Last of Us – Segunda Temporada estreou no último domingo, 13 de abril, na Max (antiga HBO Max). Se a primeira temporada de The Last of Us já havia se consolidado como uma das melhores adaptações de videogame da história, a segunda temporada da série da HBO avança ainda mais em ambição, emoção e complexidade.

Leia a crítica do Filmelier sobre o 1º episódio da 2ª temporada de The Last of Us, intitulado Dias Futuros. Saiba também como assistir à série online e de graça.

Retorno de The Last of Us aposta em sensibilidade, tensão e atuações afiadíssimas

O primeiro episódio já deixa claro que a série não vai poupar o público de mergulhar novamente em um mundo brutal, emocional e cheio de cicatrizes — físicas e psicológicas. Cinco anos se passaram desde o final da primeira temporada, mas o peso das decisões de Joel (Pedro Pascal) e o silêncio de Ellie (Bella Ramsey) ainda pairam no ar como uma nuvem carregada prestes a desabar. Mesmo que pouco tenha sido dito explicitamente nesse início, a espiral de vingança já começa a se formar. E promete ser o eixo central dessa nova fase de The Last of Us, também conhecida entre os fãs como TLOU.

O silêncio fala mais alto na temporada 2 de The Last of Us

O episódio começa com um ritmo mais contido, quase contemplativo, e é justamente aí que ele acerta. Somos reapresentados aos personagens e ao mundo de The Last of Us (dois anos se passaram para os espectadores, cinco para os personagens), e temos tempo de digerir as mudanças que ocorreram neste tempo.

Fiel ao jogo, mas com tempo para respirar

A segunda temporada de The Last of Us é baseada no aclamado e polêmico The Last of Us Part II, e os criadores Craig Mazin e Neil Druckmann já confirmaram que o conteúdo do jogo será dividido em mais de uma temporada. Essa decisão permite que a história seja contada com mais profundidade, respeitando o impacto emocional de cada personagem e evento.

The Last of Us: Segunda temporada foca em elenco e personagens

Relação estremecida entre Ellie (Bella Ramsey) e Joel (Pedro Pascal)

Bella Ramsey retorna ainda mais madura como Ellie, agora marcada por mágoas que ainda não têm nome. Sua expressão fechada, sua ausência em diálogos simples, sua frieza repentina (especialmente em relação a Joel): tudo comunica um turbilhão de emoções (e hormônios) prestes a explodir.

Pedro Pascal, como Joel, tenta manter a normalidade, forçar uma rotina, se reconectar com a menina, que agora é uma adolescente de 19 anos. Mas o espectador sabe o que ele fez — e sabe que, mais cedo ou mais tarde, esse passado vai cobrar o preço.

Um dos maiores acertos do episódio, inclusive, é mostrar Joel em sessão com uma terapeuta. Trata-se de uma escolha de roteiro ousada e sensível, que humaniza o personagem, expande sua vulnerabilidade e oferece uma dimensão rara em histórias de ação: o cuidado com a saúde mental masculina em um cenário pós-apocalíptico. Pascal, mais uma vez, entrega emoção, angústia e conflito no olhar.

Pedro Pascal como Joel na 2ª temporada de The Last of Us
Pedro Pascal como Joel na 2ª temporada de The Last of Us (Crédito: HBO)

Toda ação tem uma reação

Enquanto Adolescência, série de sucesso da Netflix, explora o impacto do radicalismo e da solidão na juventude moderna, The Last of Us parte de um trauma de outra ordem, mas igualmente devastador. Ellie agora é adolescente, tem 19 anos, e não tem uma boa relação com seu “pai adotivo”, Joel. Tal como no jogo que inspirou a série, ainda não fica claro se esse atrito entre eles se deve aos hormônios em polvorosa de qualquer adolescente, ou se tem a ver com o fato de que Joel não contou a ela a verdade sobre os eventos do final da primeira temporada.

Afinal, quando Joel decidiu “salvar” Ellie no hospital dos Vagalumes — sacrificando uma possível cura para a humanidade — ele achava estar fazendo o certo. Mas a série agora mostra o peso dessa decisão, que ainda assombra Joel cinco anos depois.

A nova temporada se propõe a mostrar como o amor e a proteção, quando levados ao extremo, podem gerar uma cadeia de violência quase irreversível. É um mundo onde empatia custa caro, e o ciclo de dor não se fecha — apenas muda de rosto.

Ellie e Dina (Isabela Merced): um novo elo emocional

Entre os momentos de tensão, um respiro emocional surge com a chegada de Dina, interpretada com carisma e leveza por Isabela Merced (Alien: Romulus, Dora e a Cidade Perdida). A química entre Ellie e Dina funciona desde a primeira cena, e seus diálogos sugerem que essa relação será uma âncora emocional importante para a temporada. A introdução de Dina também deve atrair novos olhares para a personagem de Ellie, que ganha mais espaço em The Last of Us Part II, jogo no qual esta temporada se inspira.

Dina (Isabella Merced) e Elle (Bella Ramsey) sentadas em cadeiras, são interrogadas pelo Conselho de Jackson em The Last of Us
Dina (Isabela Merced) é amiga e interesse amoroso de Ellie em The Last of Us (Créditos: HBO)

Catherine O’Hara rouba a cena como Gail em The Last of Us

Outro destaque do episódio é a participação de Catherine O’Hara, que aparece em um papel coadjuvante, mas marcante. Conhecida pelo humor afiado e timing cômico, a atriz surpreende ao transitar com naturalidade entre ironia e melancolia. Ela entrega uma performance equilibrada e cheia de camadas como Gail (viúva de Eugene em The Last of Us). Sua personagem contribui para a construção do mundo e adiciona textura emocional à narrativa — mesmo em poucas cenas, ela deixa uma impressão duradoura.

Narrativa mais ampla e foco além de Joel e Ellie: apresentação de Kaitlyn Dever

Se a primeira temporada girava quase 100% em torno da jornada de Joel e Ellie, a estreia da segunda já mostra uma clara intenção de ampliar o foco narrativo. A série começa a investir mais tempo nos personagens secundários, com construção emocional e novas tramas que prometem dar complexidade ao mundo pós-apocalíptico. É o caso de Tommy (Gabriel Luna), Dina e, inclusive, Abby (Kaitlyn Dever). Mesmo que apresentada de forma discreta no episódio, a personagem terá uma trajetória central no desenvolvimento da temporada.

Esse novo equilíbrio de protagonismo favorece a densidade da trama e se alinha com a estrutura do jogo original, onde diferentes pontos de vista se tornam essenciais para entender os dilemas morais propostos pela história.

Visual cinematográfico, ação precisa e infectados ainda mais perigosos

Mais uma vez, a ambientação é um dos grandes trunfos da série. A direção de arte, fotografia e trilha sonora constroem um clima melancólico, imersivo e de constante alerta. O episódio evita grandes explosões, mas entrega cenas de ação pontuais, brutais e bem coreografadas.

Um dos destaques é o confronto direto entre Ellie e um Estalador (Clicker). A cena com o “zumbi” mantém o mesmo impacto visceral do jogo — especialmente por causa dos efeitos sonoros. Mas o que realmente chama atenção é a introdução de um novo tipo de infectado mais inteligente, que demonstra comportamento estratégico e capacidade de emboscada. É uma adição promissora que pode elevar o nível de ameaça nos próximos episódios.

Aos moldes de The Walking Dead: sobrevivência com regras

Outro elemento importante da estreia é o retrato da comunidade de Jackson, onde Joel e Ellie agora vivem. O local — organizado, funcional e aparentemente pacífico — evoca comparações com as comunidades criadas em The Walking Dead, como Alexandria e Hilltop. Assim como Rick Grimes (Andrew Lincoln em TWD), Joel tenta construir uma nova vida dentro de muros, mas carrega os traumas do lado de fora. A diferença é a seguinte: The Walking Dead retrata essas comunidades como polos de esperança ou fragilidade política. Já The Last of Us usa Jackson para aprofundar a introspecção: como voltar a viver em sociedade quando se perdeu o senso de humanidade ao sobreviver? A convivência com outras pessoas não apaga o passado — apenas oferece novas formas de se esconder dele.

Onde assistir a The Last of Us 2ª temporada?

A série está disponível exclusivamente na Max. Para quem se pergunta onde assistir a The Last of Us 2ª temporada online, a plataforma Max é o canal oficial no Brasil. Os episódios são lançados semanalmente, sempre aos domingos, com estreia por volta das 22h (horário de Brasília).

Vale a pena assistir?

Mesmo tratando-se de apenas um episódio, The Last of Us – Temporada 2 já demonstra que continua sendo uma das produções mais sofisticadas da televisão atual. Com atuações poderosas, direção sensível, cenas de ação precisas e a promessa de novos caminhos narrativos, a série reforça seu lugar como uma das melhores adaptações de videogame da história.

Se a primeira temporada foi sobre sobrevivência, a segunda — mais sombria e emocional — promete ser sobre as consequências de sobreviver. É uma série que continua fazendo o espectador se perguntar: até onde vale a pena lutar por alguém? E o que isso custa aos outros?

Confira o trailer dos próximos episódios da série:

Leia as críticas e análises da 1ª temporada de The Last of Us

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