Com olhar direto para a quebra da quarta parede, carregado de ironia e cumplicidade, que todos nós queriamos ter coragem de ter, a série Fleabag Conquistou milhões e mudou para sempre a forma como se conta histórias nas produções de televisão. Criada e estrelada por Phoebe Waller-Bridge, a série nasceu de uma peça teatral e, em duas temporadas, virou fenômeno global. Todo o elenco de Fleabag construiu personagens tão humanos que parece que ainda os vemos por aí. Agora, é hora de revisitar essa galeria e saber quais
Sim, ainda estamos falando de mim – Phoebe Waller-Bridge
Fleabag, a personagem, é uma mistura de autossabotagem, inteligência e vulnerabilidade (quase) escondida. No café, quase sempre vazio, lidava com perdas, tentativas de romance e uma família que fingia não ser tão desajustada quanto ela.

Quantas quartas paredes quebradas, confidências sussurradas diretamente pra gente e uma franqueza que divertia e doía. Foi assim que Phoebe Waller-Bridge transformou Fleabag, uma figura aparentemente cínica em uma das protagonistas mais humanas da televisão.
Quebrando as regras… agora em outro endereço
Phoebe nunca parou, mas seu novo papel é um salto ainda mais ousado: Jessica Curie em Quebrando Regras (Rule Breakers, no original), drama dirigido por Bill Guttentag. Ao lado de Nikohl Boosheri, Ali Fazal e Mustapha Adidou, Phoebe integra uma história inspirada em fatos reais sobre Roya Mahboob, uma professora afegã que desafia normas e riscos para ensinar robótica a meninas do ensino médio.
A trama acompanha a criação do primeiro time de robótica feminino do Afeganistão, que conquista atenção global ao competir contra prodígios internacionais. Jessica Curie, vivida por Phoebe, é uma peça-chave nesse percurso — alguém que esta entre diplomacia, incentivo e ação estratégica (tudo que mais gostamos nela).
O filme é sobre esperança, resiliência e o poder da educação para ultrapassar barreiras. E é também um ponto perfeito para abrir uma conversa sobre mulheres que mudaram a história da ciência e tecnologia.
Entre Fleabag e Quebrando as Regras, Phoebe também coescreveu 007 – Sem Tempo para Morrer, atuou em Indiana Jones e a Relíquia do Destino. E surpreendeu ao participar do videoclipe Treat People With Kindness do cantor Harry Styles — o mesmo que atuou em Dunkirk, onde trabalhou com Christopher Nolan, Não Se Preocupe, Querida e da adaptação do livro Meu Policial.
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Não é má se for talentosa – Olivia Colman
Em Fleabag, Olivia Colman interpretou a madrasta controladora e aparentemente delicada. Porém, com um talento especial para transformar encontros familiares em arenas emocionais. Sua personagem, uma artista plástica narcisista, escondia manipulação por trás de sorrisos afáveis, criando momentos de tensão e desconforto deliciosos de assistir.

Olivia já era respeitada antes da série, mas o sucesso de Fleabag ajudou a apresentá-la a novos públicos. Logo depois, venceu o Oscar por A Favorita, de Yorgos Lanthimos, e foi indicada novamente por Meu Pai, dividindo cenas intensas com Anthony Hopkins.
Sua atuação em A Filha Perdida, dirigida por Maggie Gyllenhaal, reforçou seu talento para interpretar personagens complexas e contraditórias. Na TV, brilhou como Rainha Elizabeth II em The Crown, um papel que exigiu equilíbrio entre pompa e vulnerabilidade.
Padre Gato: responsável por 80% das mensagens no meu celular – Andrew Scott

A segunda temporada de Fleabag apresentou o “Padre Gato” e, com ele, Andrew Scott conquistou uma legião de fãs. Seu personagem trouxe uma energia nova à série, com uma química instantânea com a Fleabag. Era um homem dividido entre sua fé e um desejo que ele não conseguia ignorar.
Andrew não deixou de assumir papéis intensos depois da série. Estrelou Todos Nós Desconhecidos, de Andrew Haigh, explorando amor, luto e reconciliação. Atuou em 1917, épico de guerra dirigido por Sam Mendes, e participou de Alice Através do Espelho.
No teatro, brilhou em Hamlet e Present Laughter, reafirmando seu talento no palco. Andrew é hoje um dos atores mais versáteis de sua geração, alternando entre projetos intimistas e grandes produções.
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Meu pai era melhor em sumir do que em falar – Bill Paterson
O pai de Fleabag, interpretado por Bill Paterson, era um homem doce, mas emocionalmente distante. Preso entre duas filhas intensas e uma nova companheira dominadora, sua personagem tentava evitar confrontos, mas acabava sendo arrastada para eles.

Depois de Fleabag, Bill apareceu em Good Omens, adaptação da obra de Neil Gaiman e Terry Pratchett. No cinema, esteve em Convenção das Bruxas, dirigido por Robert Zemeckis.
Sua voz também é presença marcante em documentários e produções de rádio, consolidando uma carreira que transita com naturalidade entre gêneros e mídias.
Claire: mais impecável que feliz – Sian Clifford
Claire, a irmã de Fleabag, é uma mulher obcecada por controle. Profissionalmente bem-sucedida, mas frágil, vive em um casamento infeliz e mantém uma relação cheia de altos e baixos com a protagonista.

Sian Clifford captou com perfeição o equilíbrio entre a competitividade e o afeto que define irmandades reais. Depois da série, venceu o BAFTA por Fleabag e estrelou Quiz, minissérie sobre o escândalo de fraude no Who Wants to Be a Millionaire?.
No cinema, participou de Veja Como Eles Correm, comédia policial ambientada no teatro londrino. Também esteve no elenco de Time, drama carcerário elogiado pela crítica.
Regra número um: veja Quebrando Regras
Revisitar o elenco e a história da série é lembrar de cenas que ainda fazem rir, doer e querer jogar tudo pro alto.
Se você sentiu falta de ver Fleabag e Phoebe Waller-Bridge dominando a tela, Quebrando as Regras é seu próximo destino. O filme está disponível para aluguel ou compra. Não é apenas nostalgia — é a evolução de um talento que começou num café bagunçado e agora ocupa o centro de um jogo internacional.
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