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Crítica: ‘O Ritual’ tenta escapar da mesmice dos filmes de exorcismo — e não consegue

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O Ritual, longa-metragem de terror que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 31, sabe da dificuldade que tem. O longa-metragem quer quebrar uma maldição que permanece em Hollywood há mais de 50 anos: fazer um bom filme sobre exorcismo, superando o clássico de 1973 dirigido por William Friedkin. E já te adianto: não consegue chegar nem perto.

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Nem mesmo Al Pacino como padre consegue salvar 'O Ritual' (Crédito: Paris Filmes)
Nem mesmo Al Pacino como padre consegue salvar ‘O Ritual’ (Crédito: Paris Filmes)

Dirigido e coroteirizado por David Midell (de The Killing of Kenneth Chamberlain), O Ritual conta a história de Emma Schmidt (Abigail Cowen), jovem que passou pelo exorcismo mais bem registrado nos Estados Unidos. Ela está mal, com alguns episódios confundidos com questões psicológicas, e tem na Igreja a sua última esperança. São os padres Theophilus (Al Pacino) e Joseph (Dan Stevens) que comandam o processo ao lado de freiras locais.

É a típica história já contada dezenas (ou até mesmo centenas!) de vezes desde que Friedkin colocou sua obra máxima nas telonas. São vários filmes que perseguem o mesmo resultado — assim como foi e é com Tubarão, de Spielberg, lançado na mesma década — e não o alcançam, com graus variados de sucesso, indo desde fracassos retumbantes, como O Exorcista do Papa, até relativos acertos, como O Exorcismo de Emily Rose.

O Ritual, um filme com medo

O fato é que Midell tenta se afastar ao máximo da cartilha do exorcismo nos cinemas. Para isso, toma principalmente algumas decisões estéticas. Tal qual um episódio de The Office, a câmera de O Ritual está sempre na mão, tentando criar um clima documental. Poderia ser uma boa sacada se não fosse uma decisão usada solitariamente, sem a narrativa acompanhar a tal tentativa. Some o tom documental e sobra uma câmera chata, tremida.

Outro ponto, entre o estético e o narrativo, é que O Ritual tenta não ser um terror — mas não de maneira orgulhosa, mas mais como uma vergonha que tenta esconder. Não há muitos jumpscares e o processo de exorcismo é retratado de maneira fria, quase distante. De novo, tenta ser documentário, mas sobra pretensão. O filme acaba se tornando apático, quase sanitizado, e não é nem uma coisa, nem outra. Não dá medo, sequer desperta interesse.

O resultado é um filme que tenta reinventar a roda, mas que, assim como outras dezenas de filmes que vieram antes, não consegue. Nas buscas de ser algo diferente, O Ritual continua, curiosamente, a mesma coisa de sempre. Até tenta adicionar algumas discussões sobre fé e religião, como se fosse algo diferente, mas não é. Até mesmo o fraco O Exorcista: O Devoto já trouxe essa discussão com outras camadas — e mais bem acabada.

Dan Stevens e Al Pacino estão perdidos em um filme que só quer superar uma produção de 50 anos atrás -- e não consegue (Crédito: Paris Filmes)
Dan Stevens e Al Pacino estão perdidos em um filme que só quer superar uma produção de 50 anos atrás. E não consegue (Crédito: Paris Filmes)

Entre a cruz e o ridículo

No final, o que sobra é Al Pacino e Dan Stevens tentando escapar do ridículo. O primeiro não consegue. Seu personagem é raso como uma poça de água em clima de verão, recitando salmos e orações. Talvez ele tenha umas três ou quatro falas realmente estruturadas. Stevens, enquanto isso, tem um pouco mais de material para trabalhar, mas é prejudicado por essa estética bizarra que corta seus momentos sempre. Nunca há continuidade, nunca há um drama bem desenvolvido aqui.

O Ritual, assim, já pode ser considerado um dos maiores fracassos de 2025 — mesmo que vá bem de bilheteria, coisa que é bem improvável. Afinal, na ânsia de se justificar e de tentar fazer algo de diferente, o longa-metragem termina como algo pretensioso, bobo e até mesmo inacabado. É como se tivesse vergonha de tomar algumas decisões pelo caminho. E O Exorcista continua, intacto, como o único grande filme sobre exorcismo de Hollywood.

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