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Crítica: ‘Ne Zha 2’ é animação chinesa que alcança novo patamar de espetáculo visual

O que você verá aqui:

Imagine um universo onde deuses celestiais em guerra são retratados com efeitos visuais que fazem Hollywood parecer modesta. Onde cada frame é uma obra de arte digital e onde a mitologia chinesa ganha vida com uma grandiosidade raramente vista nas telas. Ne Zha 2 chega aos cinemas brasileiros prometendo elevar a animação oriental a um novo patamar de ambição cinematográfica.

A sequência do fenômeno de 2019, que já passou dos US$ 2 bilhões de bilheteria, mergulha de cabeça na mitologia celestial chinesa, apresentando um universo expandido onde nosso protagonista travesso enfrenta desafios ainda maiores. Desta vez, o jovem deus rebelde precisa navegar por uma trama que mistura política divina, conflitos familiares e batalhas que literalmente abalam os céus.

'Ne Zha 2' é o maior filme de 2025 até agora (Crédito: A2)
‘Ne Zha 2’ é o maior filme de 2025 até agora (Crédito: A2)

Visual de Ne Zha 2

Visualmente, o filme é um banquete para os olhos que beira a sobrecarga sensorial. A animação incorpora texturas mais naturalísticas para personagens e paisagens, mas não se limita a um único estilo. Elementos de anime 2D se misturam com técnicas tradicionais chinesas de pintura a tinta. Isso cria uma paleta visual rica que mantém a identidade visual reconhecível da franquia enquanto expande suas possibilidades artísticas.

O que mais impressiona, porém, é a escala épica das sequências de ação. Cada batalha parece ter sido concebida para testar os limites do que é possível fazer em animação digital, com efeitos pirotécnicos que demandam ser vistos na maior tela possível. É espetáculo puro. É uma demonstração de força técnica que coloca a animação chinesa em pé de igualdade com as maiores produções mundiais.

Narrativamente, o filme opta por uma abordagem maximalista que pode ser simultaneamente sua maior força e sua fraqueza. Dezenas de personagens desfilam pela tela, cada um carregando histórias de fundo complexas que são apresentadas em monólogos rápidos antes de partirem para o combate. É uma escolha corajosa que pode sobrecarregar quem não está familiarizado com a mitologia, mas que recompensa os espectadores dispostos a se deixar levar pela torrente de informações.

Ne Zha 2: Engraçado, sem ser bobo

A direção consegue equilibrar momentos hilários com sequências genuinamente emocionantes. O filme mantém o tom irreverente que tornou o primeiro longa um sucesso. Ne Zha continua sendo o protagonista caótico e cativante que conhecemos, um pequeno deus rebelde cuja personalidade travessa às vezes se perde em meio ao próprio espetáculo que o cerca.

Interessante, aliás, como alguns temas espinhosos chegam aqui quase sem alarde. A questão central do filme continua sendo Ne Zha tentando encontrar um corpo físico após os eventos do primeiro filme. O que é seu corpo? Qual corpo lhe cabe? Quem é, afinal, essa entidade? São questões profundas de identidade que a Disney não conseguiu traduzir em seus filmes nos últimos anos, apesar dos esforços.

Para adultos não iniciados neste tipo de fantasia mitológica, a experiência pode ser desafiadora. O filme não faz concessões para quem chega despreparado, jogando o espectador diretamente no coração de uma cosmologia celestial complexa. Felizmente, não é necessário ter visto o primeiro filme para acompanhar a trama, embora possa levar algum tempo para encontrar o ritmo.

Qualidade emocional

O que sustenta toda essa complexidade narrativa é a qualidade emocional que permeia a produção. Por trás do espetáculo visual e da ação frenética, existe uma história sobre crescimento, responsabilidade e encontrar seu lugar no mundo. São temas universais que transcendem barreiras culturais.

Tecnicamente, Ne Zha 2 representa um marco na animação mundial. A construção de mundo é espetacular, criando ambientes celestiais que misturam arquitetura tradicional chinesa com elementos fantásticos de tirar o fôlego. É impossível não se impressionar com o nível de detalhe e criatividade visual investido em cada sequência.

O filme funciona melhor quando abraça completamente seu lado épico e caótico, entregando-se ao espetáculo sem reservas. Nos momentos em que tenta ser mais contemplativo, por vezes perde o ritmo. No entanto, esses são pecados menores diante da ambição e execução técnica impressionantes.

Ne Zha 2 confirma que a animação chinesa chegou para competir no cenário mundial, oferecendo uma experiência visual única que mistura tradição cultural com inovação técnica. É cinema de espetáculo no melhor sentido. É uma jornada épica que recompensa tanto os olhos quanto o coração.

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