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Crítica: ‘Amores Materialistas’ questiona o amor como uma equação perfeita

O que você verá aqui:

Seria o amor uma matemática perfeita? Uma equação, um match de gostos iguais? Seria o amor previsível? Como montar um encontro perfeito? Existe a pessoa ideal? São essas as perguntas, geralmente sem respostas óbvias ou certezas absolutas, que norteiam o longa-metragem Amores Materialistas, drama que estreia nesta quinta-feira, 31 de julho.

Dirigido por Celine Song, o filme segue a linha de sua produção anterior, Vidas Passadas. Enquanto o primeiro reflete sobre amores que poderiam ter sido, esta nova história questiona exatamente o que é o amor e como ele entra na vida das pessoas. Para isso, o longa apresenta a protagonista Lucy (Dakota Johnson), uma casamenteira que junta casais profissionalmente, mas que não é exatamente uma crente no amor. Ela é calculista na arte de amar.

'Amores Materialistas' conta a história de Lucy, uma casamenteira que não acredita no amor (Crédito: Sony Pictures)
‘Amores Materialistas’ conta a história de Lucy, uma casamenteira que não acredita no amor (Crédito: Sony Pictures)

No entanto, essa frieza diante do amor é abalada quando sua atenção fica dividida entre John (Chris Evans), um antigo amor, e Harry (Pedro Pascal), um galã que conheceu no casamento de uma de suas clientes. O primeiro é um homem-problema, sem dinheiro, sem perspectiva e que divide a casa com outros homens falidos. Já o segundo é um homem bem resolvido na vida, milionário e considerado por qualquer um como um galã.

Amores Materialistas: amor sem paixão

É a partir dessa dinâmica que Song constrói o longa-metragem, tentando entender exatamente como o amor se manifesta e se ele pode ser encarado como uma matemática. Já são dois filmes em sua carreira que olham para o passado, sempre observando como as escolhas determinam a vida amorosa que segue adiante. Obviamente, Vidas Passadas é mais claro quanto a isso, enquanto Amores Materialistas revela o passado aos poucos.

É inegável perceber que Song se viu novamente afetada por sua protagonista. Assim como Vidas Passadas carrega a elegância de Nora (Greta Lee), este novo longa é permeado pela frieza de Lucy. Johnson, a melhor coisa de Amores Materialistas, é descrente em tudo que acontece ao seu redor. Tudo é impossível, inalcançável, inviável. Song, ao invés de compensar essa frieza com um ritmo mais quente, acompanha a distância da protagonista.

O resultado é um filme frio, que quase expulsa o espectador de sua intimidade, como se ele não fosse convidado a participar daquilo. A impressão é intensificada ainda mais pelos personagens masculinos: John e Harry, que poderiam ser esse contrapeso à frieza de Lucy, são muito mal escritos. Estereótipos ambulantes, resultado das escolhas dos próprios atores, que se contentam em ser apenas homens frustrados com o mundo ao seu redor.

'Amores Materialistas' questiona os caminhos do amor (Crédito: Sony Pictures)
‘Amores Materialistas’ questiona os caminhos do amor (Crédito: Sony Pictures)

Frieza contaminante

Amores Materialistas, assim, vai se enredando em seu próprio clima, em sua própria ideia de protagonista. Talvez o fato de ser mais uma história inspirada na vida de Song, que trabalhou alguns anos como casamenteira, tenha influenciado essa visão mais matemática das coisas, sem nunca deixar a paixão florescer. Aliás, é preciso destacar. Apesar do esforço da Sony em vender o filme como uma comédia romântica, ele passa longe disso. É drama – e só.

O romance é uma vaga ideia nas discussões sobre o amor. E talvez aqui resida o melhor de Amores Materialistas: entender como paixão, amor, desejo e medo da solidão se misturam numa equação imprecisa e que não pode ser domada por “pessoas normais”. Afastar-se do tema e assistir tudo de camarote enquanto a vida se descortina à sua frente não é possível. A vida te puxa, mesmo que seja um acontecimento alheio à sua vontade.

O tropeço é que falta amor na equação. Sem isso, vira quase uma ciência. A paixão, que é essencial para mover uma história assim, flutua no ar, apenas rondando por ali, distante.

Amores Materialistas não é um filme ruim, longe disso. Mas falta a força necessária para ter a profundidade e potência desejadas. Pelo menos sobra o bom elenco, principalmente Johnson. Ela se encaixa como uma luva nesse filme frio sobre uma personagem que tenta levar a vida desse jeito. No final, os questionamentos não se contentam com respostas, mas com uma pergunta: o que é o amor, afinal?

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