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O novo canal  Filmelier+ já está disponível para assinatura no Prime Video. Conheça nosso catálogo!

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Sem Chão - No Other Land, sobre Israel e Palestina, venceu o Oscar 2025 de Melhor Documentário
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Matheus Mans

‘Sem Chão’: a necessidade de um processo de humanização

Sem Chão (No Other Land), documentário vencedor da categoria no Oscar 2025, foi exibido na noite de quarta-feira, 12, em uma sessão histórica no CineSesc, em São Paulo. Com ingressos esgotados e sala lotada, o longa-metragem foi finalmente exibido no Brasil em um evento para celebrar a estreia da produção nos cinemas nesta quinta-feira, 13 — o filme também chegará ao catálogo do Filmelier+ em breve. Leia também: ‘Quatro Paredes’: a coragem de romper o silêncio Na sessão do CineSesc, foi promovido um debate logo após a exibição do filme com a presença do presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah; da ativista política palestina e Coordenadora da Rede Samidoun de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos, Rawa Alsagheer; do ativista político Thiago Ávila; e do ativista do Vozes Judaicas pela Libertação e especialista em Estudos de Paz e Resolução de Conflitos, Yuri Haasz. Já a mediação ficou sob responsabilidade do jornalista Leandro Demori. Em pauta, a importância do filme. E em tom quase uníssono entre os presentes, a discussão sobre como a produção é essencial para humanizar as vítimas do conflito e expor as nuances da ocupação israelense na Palestina. “É preciso demonstrar que ocupação não é apenas uma palavra. Diz respeito à vida cotidiana das pessoas, desde as galinhas, o pombo, a água, o poço sendo cimentado. A limpeza étnica é, necessariamente, a remoção de uma democracia, de uma geografia”, afirmou Ualid Rabah. “Um documentário como esse mostra como é um processo genocidário, como é um apartheid”. Veja mais: Filmes para entender o conflito entre Palestina e Israel Ao longo do debate, os convidados ressaltaram como a produção pode ser um catalisador de consciência para audiências ao redor do mundo. “O que estamos vivendo é um processo global de conscientização”, destacou Thiago Ávila. “No dia 14 de outubro de 2023, vimos manifestações históricas em Londres, no Brasil, e em diversas partes do mundo. Um documentário como esse, da forma que vem, é um fator essencial para combater a desumanização. Quanto mais pessoas assistirem, menos gente aceitará esse apagamento”. Yuri Haasz, por sua vez, fez uma conexão entre sua própria história e as imagens do filme. “Nasci em Haifa, já sob o apartheid israelense. Quero acreditar que o esforço para silenciar um filme desse é porque, se as pessoas virem, vão saber o que acontece. Os fatos vão falar por si”, explicou. “Ao assistir, eu acesso memórias de ter sido familiarizado com essa cultura genocida. O sionismo embarcou em um trem que tem como estação final o genocídio. Esse trem continua acelerando”. A discussão sobre a direção do filme No entanto, a presença de um cineasta israelense na direção da obra também gerou questionamentos. A ativista Rawa Alsagheer trouxe reflexões sobre a narrativa que permeia a produção e os limites impostos para um discurso realmente libertador. “Se imaginem no meu lugar: uma palestina que nunca pisou em sua terra, que nem tem ideia de como é. Enquanto isso, vejo uma pessoa que se diz israelense, que vive em uma casa roubada e que, ao receber o prêmio, diz que o 7 de outubro foi um ato muito violento, um ato terrorista. Não é. Foi um ato de resistência de um povo em ocupação”, afirmou ela, citando o discurso de aceitação ao Oscar dos diretores de Sem Chão. Para Alsagheer, é essencial ampliar a voz das próprias vítimas, sem que as narrativas sejam mediadas ou enquadradas dentro dos limites impostos pela ocupação. “O trabalho do filme é muito bem feito, mas está tudo dentro da lógica colonial, apenas com o que é permitido ser mostrado. Muitos filmes palestinos precisam ser normalizados, mas dentro de um olhar que seja verdadeiramente palestino, sem as amarras da ocupação”. ‘Sem Chão’ já está disponível nos cinemas e estreia em breve no Filmelier+.

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Redação Filmelier

Manifesto Filmelier+

No Filmelier+, um bom filme não termina nos créditos. Ele continua com você.

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Cena do filme “Quatro Paredes” (“Black Box Diaries”), lançamento do Filmelier+ (Crédito: DIvulgação/Filmelier+)
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Matheus Mans

Filmelier+: conheça o novo streaming que terá três filmes do Oscar 2025

O novo canal Filmelier+ já está disponível para assinatura no Prime Video por apenas R$ 14,90 ao mês. O catálogo apresenta ao público uma seleção de joias do cinema mundial e trará novidades todos os meses. Confira aqui o catálogo. O primeiro lançamento inédito e exclusivo é o premiado documentário Quatro Paredes (Black Box Diaries), indicado ao Oscar 2025, que estará disponível a partir de 11 de março, próxima terça-feira. Já o vencedor do Oscar de Melhor Animação, Flow, e o vencedor do Oscar de Melhor Documentário, Sem Chão (No Other Land) chegam com exclusividade no canal em abril. Leia também: Oscar 2025: onde assistir aos filmes vencedores? O serviço – disponível no Brasil, México, Chile e Colômbia – é um lançamento da SOFA DGTL, que também opera o Adrenalina Pura. Todo o que precisa saber sobre Filmelier+ Quais filmes estarão no catálogo? Quatro Paredes será um lançamento inédito e exclusivo de Filmelier+. Filme acompanha a luta da diretora e jornalista Shiori Itô para enfrentar o sistema retrógrado do Japão e denunciar o influente homem de quem foi vítima, em um caso de abuso sexual. Selecionado para festivais e premiações como Sundance, nos Estados Unidos, BAFTA, no Reino Unido, e IDFA, em Amsterdam, o longa recebeu mais de 20 prêmios internacionais. Para marcar o lançamento do Filmelier+ e o Dia Internacional da Mulher, o filme terá pré-estreia gratuita com debate, que ocorrerá no CineSesc (São Paulo), no dia 10 de março, segunda-feira, às 20h30. O evento contará com a participação da atriz Ana Hikari, da jornalista e escritora Adriana Negreiros, e terá mediação da jornalista Flávia Guerra. Já o vencedor do Oscar de Melhor Animação Flow ainda está em cartaz nos cinemas e já ultrapassou os 200 mil ingressos vendidos. Enquanto isso, o ganhador do Oscar de Melhor Documentário Sem Chão (No Other Land), cujos realizadores Yuval Abraham e Basel Adra foram responsáveis pelo discurso mais potente da noite de celebração do Oscar 2025, tem lançamento nos cinemas confirmado para o dia 13 de março.  O CineSesc também promoverá sessão de pré-estreia gratuita do filme, seguida de debate, no dia 12 de março, quarta-feira, às 20h30, com presença confirmada do jornalista Leandro Demori. Catálogo com curadoria: distintivo de Filmelier+ A seleção do Filmelier+ coloca em destaque boas histórias de vários gêneros cinematográficos. O canal tem o objetivo de reunir obras que são mais do que entretenimento – são experiências, memórias e conexões.  O streaming nasce da experiência de quase 10 anos do Filmelier.com, site especializado no universo do cinema com 3 milhões de usuários únicos mensais na América Latina. Lançado como um serviço confiável de recomendação de filmes, o site tem como missão fornecer curadoria especializada e mitigar a dificuldade na escolha do que assistir. Para montar o catálogo, a equipe de curadoria do canal vem selecionando narrativas autênticas de todos os cantos do mundo, com personagens que tocam, representam e aproximam o espectador. Na seleção inicial, há desde títulos de cineastas consagrados como Pedro Almodóvar e Amos Gitaï, passando por clássicos como O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper, e ótimos suspenses como A Última Vingança, de Karl R. Hearne. Outro destaque é O Último Pub, de Ken Loach, anunciado como o longa que encerrou a filmografia do diretor britânico. Reconhecido por um cinema preocupado com a classe trabalhadora e por retratar a vida de pessoas comuns, Loach aborda a questão dos refugiados. Há espaço também para dramas como o provocante Swingers: Os Limites do Amor, de Tomasz Winski, que narra a história de um casal que está junto há muitos anos e começa a compartilhar suas fantasias sexuais. A era da curadoria Em tempos de superoferta de séries nos principais streamings do mercado, ficou mais difícil para as pessoas encontrarem bons filmes em um único serviço. Reforçando uma tendência que cresce nos Estados Unidos, os streamings especializados resolvem este problema e focam em curadoria selecionada para simplificar a vida do usuário. O lançamento do Filmelier+ coincide com uma noite histórica para o cinema independente no Oscar 2025. Juntos de Anora, O Brutalista e Ainda Estou Aqui, os filmes Flow e Sem Chão se tornaram referência deste momento da indústria e reforçam que boas histórias não precisam de um grande orçamento para encantar o mundo. “A curadoria do Filmelier+ é sobre isto: as melhores histórias vêm em primeiro lugar. Com inteligência de dados, analisamos padrões de consumo, ouvimos a nossa audiência e acompanhamos tendências para selecionar filmes que as pessoas queiram assistir até o fim”, diz Fabio Lima, CEO da SOFA DGTL, em nota. Qual é o valor do canal? O Filmelier+, que já está disponível para assinatura no Prime Video, tem uma assinatura de apenas R$ 14,90 ao mês. Há também um período de teste gratuito de sete dias. Como e onde assinar Filmelier+? Você pode encontrar o Filmelier+ como um canal dentro do streaming do Amazon Prime Video. A assinatura é feita com poucos cliques dentro da plataforma e o valor da mensalidade é creditado no cartão de crédito cadastrado. Você encontra o canal na área de Assinaturas do Prime Video.

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