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Matheus Mans

Frank Grillo já fez parte do Universo Cinematográfico Marvel (Crédito: Disney)
Filmes
Matheus Mans

Frank Grillo, o anti-herói durão que conquistou Hollywood após os 40 anos

Em um universo de celebridades instantâneas e rostos jovens, Frank Grillo representa a anomalia rara e inspiradora: um ator que só alcançou o estrelato depois dos 40 anos. Leia também: Crítica: ‘Thunderbolts’ da Marvel, bom filme ou bom marketing? Aos 59 anos, o nova-iorquino de origem italiana continua a expandir seu território em Hollywood como um dos rostos mais confiáveis quando o assunto é ação e intensidade. Com músculos definidos, olhar penetrante e uma presença que transborda autenticidade na tela, Grillo se estabeleceu como o homem que empresta credibilidade a qualquer cena de combate – talvez porque, diferentemente de muitos de seus colegas, ele realmente sabe lutar. Da obscuridade ao estrelato tardio Nascido em 8 de junho de 1965 em Nova York, filho de imigrantes italianos, a história de Frank Grillo poderia facilmente ter sido a de mais um executivo de Wall Street. Formado em administração de empresas, ele chegou a trabalhar no mercado financeiro antes de se render à paixão pela atuação. No entanto, o caminho até o reconhecimento foi longo e tortuoso. A carreira de Grillo começou modestamente com comerciais e pequenos papéis em novelas e programas de TV. Durante anos, ele construiu seu currículo com participações em séries como Guiding Light, Battery Park e, posteriormente, papéis mais substanciais em Prison Break e The Shield – sempre retratando personagens com um misto de dureza e vulnerabilidade que se tornaria sua marca registrada. Frank Grillo, o lutador que virou ator (ou seria o contrário?) A autenticidade de Grillo em cenas de ação não é por acaso. Praticante dedicado de boxe e artes marciais mistas desde jovem, ele treina regularmente até hoje, mantendo uma rotina rigorosa que muitos atores com metade da sua idade teriam dificuldade em acompanhar. Seu amor pelo combate é tão genuíno que se tornou sócio da academia Wild Card West em Los Angeles, onde treina ao lado de lutadores profissionais. Leia também: Bella Ramsey: conheça quem interpreta Ellie em ‘The Last of Us’ Essa paixão pela luta moldou não apenas seu físico, mas também sua abordagem à atuação. Grillo traz para seus personagens uma intensidade crua e uma linguagem corporal que só vem da experiência real. Não é à toa que se tornou o queridinho dos diretores de filmes de ação que buscam autenticidade. O papel que mudou tudo: Brock Rumlow/Crossbones Embora já tivesse construído uma carreira respeitável em Hollywood, foi o Universo Cinematográfico Marvel que catapultou Frank Grillo ao reconhecimento internacional. Seu papel como Brock Rumlow, que mais tarde se tornaria o vilão Crossbones, em Capitão América: O Soldado Invernal (2014) e Capitão América: Guerra Civil (2016), apresentou-o a uma nova geração de fãs. Seu Rumlow era mais do que um vilão unidimensional – havia algo magnético em sua presença, uma mistura de ameaça e carisma que fez os fãs desejarem mais dele, mesmo quando estava enfrentando o próprio Capitão América. A Marvel provou ser o trampolim perfeito para lançá-lo a outros projetos de alto perfil. Uma pena, porém, que a Casa das Ideias acabou não desenvolvendo o personagem por mais filmes, como era esperado no início. “Crossbones foi um papel divertido, mas eu sabia que era limitado. Eu queria mais espaço para explorar o personagem, mas no MCU, você serve à história maior. Ainda assim, foi uma experiência incrível”, disse ele à Collider. Frank Grillo e a  franquia Uma Noite de Crime Se a Marvel abriu portas, foi a franquia Uma Noite de Crime que solidificou Grillo como protagonista de ação. No papel de Leo Barnes, inicialmente um policial vingativo em Uma Noite de Crime: Anarquia (2014) e depois um guarda-costas em Uma Noite de Crime: Ano de Eleição (2016), ele encontrou o equilíbrio perfeito entre heroísmo relutante e ferocidade contida. A franquia não apenas estabeleceu Grillo como um nome confiável no gênero, mas também mostrou sua capacidade de trazer nuances emocionais a personagens que facilmente poderiam cair no estereótipo. Sua interpretação de Barnes trouxe à tona questões de moralidade, justiça e redenção em meio ao caos e violência do mundo distópico da série. Além da ação: versatilidade surpreendente Embora seja frequentemente escalado para papéis de homens durões, quem acompanha de perto a carreira de Grillo sabe que há muito mais profundidade em seu repertório. Em Guerreiro (2011), drama sobre lutadores de MMA, ele entregou uma performance contida e emocionalmente potente como o treinador de Tom Hardy. Já em A Perseguição (2011), ao lado de Liam Neeson, mostrou vulnerabilidade como um homem enfrentando seus próprios demônios enquanto luta pela sobrevivência no Alasca. Uma das performances mais subestimadas de sua carreira veio em Marcados para Morrer (2012), onde interpretou um sargento da polícia com autoridade e humanidade, provando que pode brilhar mesmo em papéis coadjuvantes. “Eu não me coloco em uma caixa. Não sou apenas o cara durão. Posso fazer comédia, posso fazer drama, posso fazer ação. Quero continuar surpreendendo as pessoas”, disse o ator em entrevista ao Men’s Journal, discutindo como evita ser estereotipado como um ator de ação. O renascimento de Frank Grillo com Boss Level Se há um diretor que realmente entendeu como aproveitar ao máximo o potencial de Grillo, esse diretor é Joe Carnahan. A parceria entre os dois resultou em filmes como A Perseguição, Wheelman: Motorista de Fuga (2017), Boss Level (2020) e, mais recentemente, Copshop (2021). É uma colaboração que beneficia ambos – Carnahan consegue do ator performances que combinam ação visceral com nuances dramáticas, enquanto Grillo encontra papéis que o desafiam além do óbvio. Boss Level, em particular, representa um momento crucial na carreira de Grillo. Como Roy Pulver, um ex-agente das forças especiais preso em um loop temporal, ele finalmente conseguiu um papel protagonista que exigia tanto proezas físicas quanto profundidade emocional. A resposta da crítica foi entusiástica, com muitos comentando que foi necessário esperar décadas para que Hollywood percebesse o que Grillo realmente era capaz de fazer. E tudo isso prova como ele funciona mesmo em orçamentos menores. “Quero contar histórias que importam, mesmo que sejam em filmes menores. Não preciso de um orçamento de US$ 200 milhões

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Cena do filme 'Until Dawn', surpresa do terror em 2025 (Crédito: Sony Pictures)
Críticas
Matheus Mans

Crítica: ‘Until Dawn: Noite de Terror’ é raro certo no mundo das adaptações de games

Until Dawn: Noite de Terror é um filme de terror que tinha tudo para dar errado. Estreia nos cinemas desta quinta-feira, 24, este longa de David S. Sandberg (Quando as Luzes se Apagam) é inspirado em um videogame homônimo que já conta com uma narrativa bem estruturada. Como fazer algo original? Como criar uma história coesa que funcione em uma outra mídia unindo fãs e novatos nesse mundo?   Surpreendentemente, os roteiristas Blair Butler (Convite Maldito) e Gary Dauberman (A Freira) se saem bem ao contar a história de um grupo de amigos que vão parar em uma casa abandonada, no meio do nada. Ali, eles irão viver a mesma noite repetidamente, como se fosse um Feitiço do Tempo maligno, em que irão ter que se virar para sobreviver a diferentes ameaças — desde bruxas até assassinos em série. ‘Until Dawn’, mistura de horrores É algo que funciona por sua estrutura que não se contenta em ser uma coisa só. Nessa roleta de ameaças, Until Dawn acaba se tornando um filme que não usa apenas um artifício de susto para dar medo. Funciona para quem não gosta de palhaços, bruxas, filmes de invasão domiciliar, body horror. É uma curiosa salada que seria fatal em um filme com qualquer outra premissa, mas que aqui funciona muito bem. Leia também: ‘The Last of Us’: 6 séries para quem está acompanhando a 2ª temporada na HBO Afinal, a graça é repetir a estrutura narrativa sem soar mais do mesmo. Mudar o subgênero do terror é a saída ideal para alternar sustos, histórias, ameaças, continuidades. Assim, expectativas são quebradas e o filme surpreende não apenas personagens, mas espectadores. Claro que existem problemas aqui e ali. Por exemplo: o elenco, todo de novatos, se sai bem no horror, mas não consegue bons resultados nos momentos dramáticos do filme. São esses, aliás, os momentos mais fracos da produção. Sandberg se sai bem quando ri da tosquice de tudo o que está acontecendo (a cena das explosões é exemplo disso), mas perde ritmo quando tenta emplacar algum tipo de drama ali no meio. Há, também, excesso de explicações ali no final causado por um ritmo exageradamente acelerado. Não precisava. Afinal, é escolha de roteiro deixar as explicações todas concentradas nos últimos 20 minutos, expondo demais a lógica por trás da história. Enfraquece o todo. Mas tudo bem. Until Dawn é uma agradável surpresa do cinema de terror. Mistura de Escape Room, Feitiço do Tempo, A Morte te Dá Parabéns e afins, o longa-metragem sabe quebrar expectativas enquanto dá bons sustos — chegando a dar frio na espinha. Bom divertimento para um período de tão poucas ideias no cinema hollywoodiano.

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