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Por onde anda Orlando Bloom, o ex da Katy Perry

O que você verá aqui:

Orlando Bloom nunca deixou de ser reconhecido. Desde o início dos anos 2000, seu rosto está associado a algumas franquias de sucesso. A fama, porém, é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que lhe garantiu papéis centrais em mega produções mundiais, também o colocou dentro de uma vitrine da qual parecia difícil escapar. Agora, em Pacto de Sangue (2024), Bloom reaparece em um papel distinto. Afastado da imagem do herói juvenil, encara um thriller criminal que fala de dívidas, violência e sobrevivência.

Um início meteórico nas telas

Em 2001, Bloom surgiu como Legolas na trilogia O Senhor dos Anéis. O personagem ficou gravado pela maneira como atravessava a ação: correndo sobre a neve sem afundar, derrubando inimigos com tiros certeiros em plena batalha de Helm’s Deep e até escalando um mamute de guerra para abatê-lo sozinho. Não era um coadjuvante decorativo: sua postura e frieza ajudaram a construir o equilíbrio visual entre os diferentes povos da Terra-média. Legolas representava algo quase inalcançável, um ser que observava o mundo com distância e disciplina.

Orlando Bloom como Legolas, de pé com arco e espada em O Senhor dos Anéis
Orlando Bloom como Legolas, um de seus papéis mais marcantes em O Senhor dos Anéis (Créditos: TMDB)

O ferreiro apaixonado de Piratas do Caribe

Dois anos depois, em Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003), Bloom assumiu o papel de Will Turner. O ferreiro apaixonado entrou no mar não por vocação, mas por necessidade, e logo se viu preso a Jack Sparrow (Johnny Depp) em uma relação de conveniência. Turner precisava dele para salvar Elizabeth; Sparrow precisava de Turner para escapar da forca e recuperar o navio. Essa dinâmica de aliados desconfiados se tornou parte do charme da franquia. Will carregava a moral de quem vinha da vida comum, enquanto Sparrow navegava no caos.

Com esses dois papéis, Bloom acumulou algo raro: encarnar protagonistas de franquias que dominaram bilheterias globais em sequência. A partir dali, seu rosto se tornou sinônimo de cinema de entretenimento.

Johnny Depp, Orlando Bloom e Keira Knightley armados com espadas e pistolas em Piratas do Caribe.
Orlando Bloom, ao lado de Johnny Depp e Keira Knightley, em Piratas do Caribe (Créditos: TMDB)

Depois das sagas, o que restava?

Tentativas em dramas históricos

Em 2005, Ridley Scott o escalou para Cruzada, ambientado no Oriente Médio medieval. Bloom viveu Balian, um ferreiro francês que se torna cavaleiro em meio aos conflitos da época. O filme, lançado em versão reduzida, foi recebido com frieza. Apenas a edição estendida resgatou parte do interesse anos mais tarde. Para Bloom, foi um passo em direção a papéis com maior carga dramática, embora não tenha rendido frutos imediatos.

O romance de Elizabethtown

No mesmo ano, Cameron Crowe apostou nele como protagonista de Tudo Acontece em Elizabethtown. Equilibrando humor e melancolia em uma história sobre fracasso profissional e reencontro familiar. Bloom se esforçava em um papel de cidadão comum, distante das espadas e arquétipos heróicos, mas o resultado não convenceu. Ainda assim, a tentativa mostrou disposição para se arriscar, mesmo que a crítica tenha apontado limitações em sua performance.

O desgaste da imagem pública

Nos anos seguintes, Bloom retornou a Piratas do Caribe, mas a série já mostrava sinais de desgaste. Ao mesmo tempo, novos atores surgiam como favoritos de Hollywood, ocupando o espaço antes reservado ao britânico. A percepção geral era de que ele continuava vinculado a papéis antigos, enquanto o cinema buscava novas estrelas.

O deslocamento para outras telas

A série Carnival Row

O streaming surgiu como um lugar onde recomeçar. Em Carnival Row (2019–2023), Bloom interpretou Rycroft Philostrate, investigador em uma cidade repleta de criaturas fantásticas e tensões políticas. A série não foi o sucesso esperado, mas ofereceu a Bloom uma chance de amadurecer sua presença. Philostrate era um personagem com passado doloroso, envolto em dilemas de classe e poder. O projeto permitiu que se afastasse da imagem cristalizada do início da carreira.

Filmes de guerra e realismo

Outro passo importante foi Posto de Combate (2020), baseado em acontecimentos reais no Afeganistão. O longa acompanha um grupo de soldados isolados em um vale, cercados por inimigos em número muito maior. Bloom vive um oficial forçado a lidar com medo, exaustão e a responsabilidade de manter seus homens vivos. O filme trouxe para ele a chance de explorar um personagem que enfrenta riscos reais e pressões da guerra.

O homem de negócios em Gran Turismo

Em 2023, Bloom apareceu em Gran Turismo: De Jogador a Corredor, adaptação inspirada no jogo e na vida de Jann Mardenborough. Ele viveu um executivo do setor automobilístico, mais pragmático do que heroico. A interpretação revelou uma faceta menos idealizada, próxima do calculista que manipula situações a seu favor. Foi uma aposta diferente, distante da aura que o acompanhava desde os anos 2000.

Pacto de Sangue: um retorno em chave sombria

Orlando Bloom como Cash, de boné, olhando para baixo em uma cena tensa de Pacto de Sangue.
Orlando Bloom interpreta Cash, um homem que tenta escapar do crime em Pacto de Sangue (Créditos: TMDB)

O personagem Cash

Dirigido por Eshom e Ian Nelms, Pacto de Sangue (2024) apresenta Bloom como Cash, homem que tenta abandonar a vida criminosa. Seu plano é simples: viver em paz ao lado da filha. A realidade, no entanto, o puxa de volta. Big Cat, interpretada por Andie MacDowell, surge como chefe implacável que o prende em uma rede de obrigações violentas.

O contraste com Andie MacDowell

Conhecida por papéis leves em filmes românticos, MacDowell entrega aqui uma vilã calculista. Seu embate com Bloom se torna o centro dessa história. Não se trata de batalhas grandiosas, mas de pressões psicológicas e dilemas que corroem o protagonista. O resultado é um jogo de forças onde os dois atores, cada um em sua fase de carreira, se encontram em papéis que desafiam suas imagens prévias.

Vulnerabilidade em primeiro plano

Cash não é herói de capa brilhante nem romântico incansável. É um homem cansado, perseguido por erros e circunstâncias. O roteiro o coloca diante de dilemas morais e pressões que não permitem gestos grandiosos, apenas decisões difíceis.

E é assim que Pacto de Sangue chega ao Filmelier+: com Bloom mostrando um rosto que você não estava acostumado a ver.

Comparações com outros atores

O percurso de Orlando Bloom pode ser colocado ao lado de artistas que também tiveram de lidar com o peso de personagens icônicos. Robert Pattinson trabalhou para deixar Crepúsculo movendo sua atuação para produções independentes com diretores autorais. Kristen Stewart passou por processo parecido. Leonardo DiCaprio, após o furacão de Titanic, levou anos até que fosse levado a sério pela crítica, escolhendo filmes que o afastassem da imagem de galã adolescente.

Bloom enfrenta dificuldade maior: começou em duas franquias gigantes, de sucesso quase instantâneo. Esse tipo de visibilidade é sedutor, mas também prende.

Um ator diante do tempo

Olhar hoje para Orlando Bloom é perceber como a carreira de um artista se modifica diante das mudanças do setor e das próprias mudanças físicas. O jovem que um dia foi elfo e pirata agora encara personagens mais ásperos, homens que não brilham pela juventude, mas chamam atenção pelas falhas e pelas contradições.

Essa mudança não precisa ser vista como perda. Pelo contrário: é a chance de amadurecer em cena. Pacto de Sangue coloca Bloom nesse ponto de inflexão, onde a memória do público ainda o associa a papéis míticos, mas sua atuação aponta para registros mais humanos e frágeis.

A carreira dele mostra como o cinema pode ser também um diário involuntário do envelhecimento. Cada papel funciona como registro de uma fase distinta. Legolas e Will Turner continuam vivos na memória coletiva, mas Cash evidencia um ator disposto a se confrontar com o peso do tempo e a explorar outras possibilidades nas telas.

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