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Crítica: ‘Invocação do Mal 4’ se contenta em ser apenas o filme que dá sustos — e nada mais

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Muito tem sido discutido, nos últimos anos, que ir ao cinema virou um evento. O ingresso está caro, o streaming está popularizado e é preciso que algo atraente chame a atenção do público. Afinal, a pessoa precisa sair de casa, encontrar uma sessão de seu agrado, pagar um bom dinheiro pelo ingresso e ficar ali, na sala escura, por duas horas. Um filme-evento, como tem sido chamado, tenta justificar toda essa movimentação. É a participação surpresa no universo da Marvel, são as acrobacias realistas de Tom Cruise e, é claro, são os sustos que você leva coletivamente em um filme de terror como no novo Invocação do Mal 4.

Cena de 'Invocação do Mal 4', o último filme da franquia (Crédito: Warner Bros.)
Cena de ‘Invocação do Mal 4’, o último filme da franquia (Crédito: Warner Bros.)

Estreia desta quinta-feira, 4, o longa-metragem promete ser a última aventura de Ed e Lorraine Warren nos cinemas. Ou seja, a Warner Bros. “garante” que é o último filme com Patrick Wilson e Vera Farmiga no papel dos dois investigadores paranormais, mas de forma alguma encerra a franquia de vez. É a despedida, assim, de dois personagens emblemáticos do cinema de horror dos últimos anos, com a primeira história ganhando as telas em 2013. Ao longo de 12 anos, essa franquia principal arrecadou mais de US$ 800 milhões. Parece pouco perto de outros sucessos, mas é muito para um filme de terror.

História de Invocação do Mal 4

Para honrar essa última história, Invocação do Mal 4 acompanha os Warren no maior desafio de suas carreiras. A filha Judy (Mia Tomlinson) cresceu e começa a interagir de forma diferente com as ameaças sobrenaturais ao seu redor. Assim como essas ameaças também passam a enxergar Judy de maneira distinta. É nesse momento que um antigo objeto amaldiçoado, um espelho bastante bizarro, ressurge na vida dos Warren e de uma pacata família norte-americana. Como lidar com essa assombração? O que fazer agora?

Dirigido por Michael Chaves (de Invocação do Mal 3 e do péssimo A Maldição da Chorona) e com roteiro escrito a seis mãos por Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick, o longa-metragem não traz algo de realmente especial nesta última história. Por mais que haja toda uma discussão sobre legado dos Warren, abrindo margem, inclusive, pra Warner Bros. fazer algo com a Judy no futuro, o filme soa apenas como mais um capítulo da vida do casal. Isso de falar que é uma ameaça perigosa já ficou batido.

Afinal, se olhar bem, todos os filmes da franquia principal de Invocação do Mal possuem a mesma história: uma família desafortunadamente coloca um objeto amaldiçoado em casa, os Warren são chamados, resistem por algum tempo, dizem que é um demônio muito, muito forte, enfrentam a criatura, venta muito dentro da casa e eles saem vitoriosos. É isso, nunca muda. Pode funcionar por um ou dois filmes, mas por quatro? Pior — boa parte dos filmes paralelos, como A Freira, Annabelle e A Maldição da Chorona, segue pelo mesmo caminho.

É como se fosse a mesma história sempre reformulada para encaixar novos demônios, objetos possuídos e famílias desavisadas. Um formato de roteiro igual, apenas adaptado.

Mais do mesmo, de novo

E é aí que retorna essa questão central sobre filmes-evento. Tudo bem, Invocação do Mal escapa de algumas bobagens que a Marvel instituiu nos últimos anos. Felizmente não há uma reunião de vilões ou algo do tipo.

Mas o longa-metragem fica confortável com o papel de ser uma história para que as pessoas levem sustos nos cinemas, absorvam uma história sem qualquer criatividade e saiam de lá sem pensar muito. Elas vão apenas repetir que “é um filme bem pesado, que dá susto” e coisas do tipo. Invocação do Mal 4 parece satisfeito em ser só um filme de repetição. É para o público encontrar aquilo que já conhece há 12 anos.

Vera Farmiga e Patrick Wilson em cena de tensão em Invocação do Mal 2.
Patrick Wilson e Vera Farmiga passaram 12 anos na franquia de ‘Invocação do Mal’ (Crédito: Warner Bros.)

E o futuro?

Tudo bem que Invocação do Mal 4 pode divertir, assustar e coisas do tipo — já vejo grupos de amigos adolescentes nos cinemas, rindo à beça de como os outros tomaram susto. Mas é preciso questionar também o cinema de hoje a partir de um lançamento assim, sem criatividade, ousadia, nada. É um filme que apenas se repete. É se fosse um disco com riscos, engasgado, tocando uma mesma nota para um público que não quer nada diferente.

Provavelmente, Invocação do Mal 4 deve fazer uma boa bilheteria. Vai se aproximar dos US$ 300 milhões que a franquia sempre beliscou. Em um ano de grandes produções para o terror, como Pecadores, A Hora do Mal e Faça Ela Voltar, este novo (e último) capítulo dos Warren apenas faz questionar o que o cinema se transformou nos últimos anos. Será que é esse caminho? Não arriscar parece que virou mantra dos estúdios ao mesmo tempo que filmes ousados, como esses outros de terror citados, vão bem. A torcida é para que Hollywood perceba que filme-evento não é tudo. Boas histórias ainda fazem a diferença entre se tornar apenas mais uma estreia e ser um dos grandes filmes do ano.

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