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Crítica: ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’ é filme sem qualquer personalidade

O que você verá aqui:

A Marvel Studios não está bem. Isso é fato. Desde Vingadores: Ultimato, a Casa das Ideias não conseguiu entregar um filme realmente bom — Guardiões da Galáxia 3 e Thunderbolts* até que chegaram perto, mas não ultrapassaram a linha do sucesso. Agora, o novo Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, com medo de tudo que aconteceu nos cinemas do estúdio nos últimos tempos, não se arrisca. Faz o arroz com feijão, sem tempero algum, para tentar acalmar os fãs mais agitados com uma história sem qualquer personalidade.

Nem mesmo o Coisa ajuda o filme do Quarteto Fantástico (Crédito: Marvel Studios)
Nem mesmo o Coisa ajuda o filme do Quarteto Fantástico (Crédito: Marvel Studios)

A história de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos

Dirigido por Matt Shakman, de WandaVision, o longa-metragem se passa em outro universo. Não é aquele em que estamos acostumados. Nesse mundo, com cara de Os Jetsons, tudo tem um aspecto vintage dos anos 1960, apesar da tecnologia já ser de ponta.

É nesse mundo que o Quarteto Fantástico (Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach) vive — e é celebrado. As pessoas vibram pelo grupo de heróis, que tiveram seus DNAs alterados após uma viagem espacial não muito bem sucedida. Com poderes que vão desde a capacidade de ficar invisível até ser uma criatura de pedra, os quatro protegem a Terra. Até que a Surfista Prateada (Julia Garner) chega, inesperadamente, e avisa que Galactus (Ralph Ineson), o Devorador de Mundos, irá pra lá.

É aí que começa a corrida dos quatro heróis para tentar deter a ameaça cósmica. Em materiais promocionais, a Marvel Studios disse que o filme seria a primeira ficção científica do estúdio e que seria, sem dúvidas, o filme mais diferente. Balela. Com a direção frágil de Shakman, tudo aqui é absolutamente calculado para que ninguém corra nenhum risco.

Sem graça, sem personalidade, sem nada

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, ao contrário da expectativa geral, é um filme que rifa sua personalidade em troca de um punhado de segurança. A Disney, afinal, sabe que não seria inteligente arriscar com aqueles que surgem como a tábua da salvação do estúdio. Ao contratar um diretor apático como Shackman, imediatamente já mostram o que querem: um filme quadrado, que segue o manual linha por linha, sem nunca tentar algo diferente — como foi com Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, o filme mais fora da caixa da Marvel.

Como resultado, o longa nunca vai além. A história segue um passo a passo banal, quase sem clímax. A melhor cena acontece ali pelos seus 40 minutos, quando há um primeiro vislumbre do que Galactus é capaz — com Ineson sendo a melhor escolha para o vilão. Já depois disso, o ritmo do filme vai diminuindo e nunca alcança o mesmo patamar. Tudo fica flat, plano, apático, anêmico. É como se a Marvel tivesse escolhido não inovar em cada uma de suas escolhas narrativas, seguindo sempre o caminho mais seguro e sem graça.

Prova disso é a falta de química dos atores. Os quatro são talentosos, principalmente Kirby. No entanto, não há química, principalmente por essa falta de personalidade atingir cada um dos novos heróis. Sue Storm vira refém do fato de ser mãe; o Coisa nunca é desenvolvido e se torna limitado a um romance que não deslancha; Johnny Storm perde toda sua graça e se torna apenas um “irmão mais novo” sem ousadia; e Reed Richards, o pior dos quatro, é um cientista sem arrojo, quase sempre se entregando às piores possibilidades possíveis.

Pedro Pascal não acha o tom de Reed Richards em 'Quarteto Fantástico: Primeiros Passos' (Crédito: Marvel Studios)
Richards em ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’ (Crédito: Marvel Studios)

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é bom?

Sem personalidade na direção, no roteiro e no elenco, não sobra quase nada. Até mesmo a trilha sonora é ruim, com o tema clássico do Quarteto usado a todo e qualquer momento. Eles fogem do Galactus? Música-tema surge. Johnny conta uma piada? Música-tema! Sue anuncia que está grávida? Música-tema explode nas caixas de som! Tudo é muito vazio de ideias, como se um algoritmo tivesse pensado no que faria mais sucesso entre alguns fãs.

Tudo bem que o visual empolga, mas isso fica restrito aos 20 minutos iniciais. Depois, não há visual que salve um filme com medo de ser criativo. A falta de personalidade toma conta e a história termina como uma refeição insossa. Arrisco dizer que não irei lembrar do filme amanhã — imagine até o próximo filme dos Vingadores, ano que vem. Fica a sensação de que a Marvel desaprendeu a fazer bom cinema. Tudo é óbvio, tudo é sem riscos. Quarteto merecia mais, principalmente quando percebemos que o filme de 2007 dá de dez a zero. Em quase 20 anos, desaprendemos muito. E isso não poderia ser mais preocupante.

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