Do Recife ao mundo, um thriller íntimo e político que incendiou Cannes 2025 com muito frevo e aplausos de 13 minutos!
O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, é mais que um filme: é um contra-arquivo sobre a herança da repressão.
Sob o espectro ameaçador do Brasil de 1977, Marcelo, se muda para Recife para fugir de um passado violento, mas percebe que está se tornando um agente do caos.
Marcelo é filho de um agente da ditadura que encontra nos porões do Estado o eco da própria origem. Entre fitas VHS, silêncios e confissões, algo apodrece.
Wagner Moura abandona o heroísmo. Aqui, ele encarna um homem opaco, consumido por dúvidas — e isso é revolucionário: tornar o arquivista protagonista.
O filme é uma análise da hereditariedade do autoritarismo, da performance de Moura e do gesto político de filmar a memória brasileira. Mostra as feridas abertas do país. É um filme de espinha dorsal para muitas questões.